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O futuro do planeta Terra enquanto propriedade (industrial) de todos nós

Uma Europa inclusiva é uma Europa com êxito no combate a um dos maiores desafios no nosso tempo: as alterações climáticas. Pese embora os esforços que têm sido levados a cabo pelos Estados-Membros através de políticas públicas que desincentivam o consumo de combustíveis fósseis, estes ainda são os principais promotores de energia, gerando desde modo, conhecidos efeitos secundários, como o aquecimento global.

 

Este Seminário está integrado na Conferência de Alto Nível "Para uma justiça eletrónica centrada nas pessoas".
Para se inscrever aceda ao seguinte link: https://hopin.com/events/for-a-people-centred-e-justice​.

 

Mas será que serão as inovações tecnológicas e a propriedade industrial, a chave para um futuro sustentável?

Não é novidade para ninguém que o ser humano é uma criatura inovadora. Uns podem ser mais que outros, mas todos nós ansiamos pela procura de soluções que melhorem o nosso quotidiano – muito por conta das consequências positivas que a proteção das inovações gera - e tudo indica que esse mesmo desassossego poderá solucionar os problemas que têm sido tema de muitas discussões em prol de um futuro sustentável.

É importante percebermos como é que o companheirismo existente e necessário entre a Propriedade Industrial e a Inovação beneficia a sociedade global e retirar essa compreensão, uma lição que permita a construção de um futuro mais promissor para as próximas gerações, com as devidas auscultações à ciência.

Como parceiro da WIPO GREEN, o INPI vai organizar um webinar no âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, com o objetivo de discutir a importância da proteção de soluções inovadoras na área das tecnologias verdes como meio de promoção do desenvolvimento e crescimento económico das sociedades modernas de acordo com uma das cinco linhas da Presidência Portuguesa “Europa Verde: Promover a UE como líder na ação climática”.

Outro tema que está nas agendas dos Estados-Membros é o excessivo consumo de combustíveis fósseis, cuja principal consequência se consubstancia no aquecimento do planeta, através da libertação de dióxido de carbono e de outros gases com efeito de estufa para a atmosfera. Até aos anos 90, a temperatura global do ar manteve-se relativamente estável, mas agora sabemos que o nosso impacto foi dissimulado até então, por ação dos oceanos que absorviam muito do excesso de calor.

Neste contexto, urge criar soluções que permitam a nossa sobrevivência com a utilização das energias eternas da natureza: solar, eólica, hidráulica e geotérmica. A produção de eletricidade através da natureza pode ser acelerada e aperfeiçoada com tecnologia de ponta que resultará numa inovação que, protegida pela Propriedade Industrial, permitirá que outros ansiem a sua superação, o que potencia e motiva à inovação. Em última análise, este caminho possibilitará a construção de um futuro renovável, subordinado à investigação e à lógica de comercialização.

As florestas são um componente fundamental na recuperação do planeta e configuram a melhor tecnologia que a natureza tem para bloquear o carbono. Todavia, a desflorestação tem sido um dos piores flagelos do último século, muito por conta de interesses económicos e de sectores que subsistem com a sua devastação.

Têm surgido cada vez mais soluções inovadoras que podem desmantelar a motivação de quem prospera com destruição do pulmão do Planeta Terra. A cortiça é uma matéria-prima totalmente natural, com propriedades únicas que lhe conferem um caráter inigualável, totalmente biodegradável, renovável e reciclável. Pode ser utilizada para produzir energia, sem a necessidade de cortar árvores, pelo que, contribui não só para travar a desflorestação, como também para a diminuição na utilização de combustíveis fósseis.

Dados divulgados pela Corticeira Amorim contabilizam que mais de 60% das necessidades energéticas desta indústria são asseguradas pelo pó de cortiça (biomassa), uma fonte de energia neutra em termos de emissões de CO2. Pela sua leveza e capacidade de isolamento acústico e térmico, a cortiça também é utilizada nas turbinas eólicas.

Por último, tem-se discutido e refletido sobre o futuro da organização das cidades do Mundo, tornando-as mais limpas e silenciosas. O conceito de “Smart Cities” tem ocupado grande parte do léxico de todos os que se interessam por inovação, sustentabilidade e mobilidade. Este conceito instrumentaliza-se em oportunidades ligadas não só à investigação e à educação, como também à Propriedade Industrial que atua enquanto estratégia que permite desencadear cidades autênticas, incentivando à criação de novos produtos nos mais diversos sectores, inovações preparadas para prosperarem, não só no mercado nacional, mas também no internacional.

 

Agenda

14h00 - 14h10 Sessão de Abertura 

  • Ana Bandeira, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

14h10 - 14h25 Projeto WIPO GREEN 

  • Marion Dietterich, Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI)

14h25 - 14h40 Tecnologias Verdes 

  • Yann Ménière - Instituto Europeu de Patentes (IEP)

14h40 - 15h00 Energias Renováveis e a Propriedade Industrial 

  • Energia das Ondas (14h40– 14h50)

Juan Portillo, Instituto Superior Técnico (IST)

  • Energia Solar (14h50 – 15h00)

Hélder Gonçalves, Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG)

15h00 -15h15 O transporte sustentável do Futuro 

  • Ângelo Ramalho, EFACEC

15h15 - 15h45 Tecnologias verdes e sustentabilidade no sector primário 

  • A cortiça e as suas funcionalidades inovadoras (15h15 – 15h30)

 João Pedro Azevedo, Corticeira Amorim 

  • Uma nova abordagem nos processos agroalimentares (15h30 – 15h45)

Maria de Fátima Carvalho, Instituto Politécnico de Beja

15h45 - 16h00 Smart Cities –Qual a estratégia adotada em matéria de Propriedade Intelectual?

  • João Tremoceiro, Câmara Municipal de Lisboa

16h00 - 16h10 Sessão de encerramento 

  • Margarida Matias, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)